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UFRGS diz que nível do Guaíba pode superar marca histórica e chegar a 5,50 metros
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O excesso de chuva no Rio Grande do Sul devem piorar cheia do lago entre segunda (13) e terça (14). Há uma semana, lago Guaíba atingiu marca histórica de 5,3 metros.
- Por Camilla Ribeiro
- 12/05/2024 19h06 - Atualizado há 5 meses
De acordo com projeção elaborada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o nível do Guaíba pode ultrapassar a marca histórica que foi registrada no último dia 5 e chegar a 5,5 metros entre segunda (13) e terça-feira (14).
Neste domingo o lago já apresentou alta atingindo 4,64 metros no Cais Mauá, na capital Porto Alegre.
De acordo com a UFGRS, a maior preocupação do momento é a nova elevação de níveis por conta das chuvas e do efeito do vento.
Uma análise de todos os cenários previstos pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) para a próxima semana apontam para uma cheia duradoura do Guaíba, e repique com nova elevação dos níveis para acima dos 5 metros.
Dependendo da ocorrência das chuvas que estão previstas para as próximas horas e do vento sul, o Guaíba pode superar a última marca histórica de 5,33 metros registrada no dia 5, há uma semana, e alcançar os 5,50 metros.
No decorrer da semana, após atingir o pico do dia 5, o lago vinha apresentando uma recessão lenta na quarta-feira (8) até atingir 4,56 metros no sábado (11), o menor nível desde o início da enchente, que superou o recorde da cheia histórica de 1941.
Neste sábado (11), após um dia de chuvas intensas, o nível do lago voltou a subir.
Às 14h45 deste domingo, registrou a marca de 4,65 metros, de acordo com o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (CEIC).
Diante das chuvas também ocorreu uma precipitação expressiva, de 100 milímetros ou mais, em regiões das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí.
O nível do rio Taquari se aproxima dos 24 metros com previsão para que o Caí ultrapasse os 16 metros.
Segundo a Climatempo Meteorologia, Porto Alegre tem o início de maio mais chuvoso em 63 anos, desde 1961.
Desde 1º de maio até as 9h deste domingo (12), a estação meteorológica do Jardim Botânico, na Zona Norte da Capital, registrou 306,5 mm de acumulado. Isto é quase o triplo da média, que é de 113 mm.
Nesta manhã de domingo (12), houve a confirmação de sete mortes fazendo com que o Rio Grande do Sul chegue a 143 vítimas dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril.
O boletim da Defesa Civil ainda estava contabilizava 131 desaparecidos e 806 feridos (50 a mais do que no dia anterior).
Com o retorno da chuva no estado, o número de pessoas fora de suas casas aumentou de cerca de 441 mil, registrado no sábado (11), para mais de 618 mil. Mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).